domingo, 23 de setembro de 2007

Barrinhas verdes.

Finjo que não acredito quando diz que estou sexy com uma calça de ginástica e suada após uma partida de futebol. Finjo não reparar seu olhar voluptuoso quando sento-me - de saia - de pernas abertas em sua frente. Não creio quando dizes que te faço bem. E não creio, ainda, que alguém como você possa sentir alguma coisa bela em relação à mim. Mas sou contradição. Sou ambiguidade. Gosto de sofrer por antecipação. Sou masoquista. Finjo não me importar, só pra você dizer. Só pra notar alguma peculiaridade - aquela, que prende, fascina - numa pessoa como eu.


Aí, você, com as palavras que mais me encantaram desde o início me fala de seus filósofo
s. Aqueles do século XVIII, XIX... Aqueles que, quando você acaba de ler, te deixam lôbregos. Aqueles que você acha um tremendo filho da puta por terem, há séculos atrás, pensado uma coisa antes de você. Aí, chega o Schopenhauer e diz: "A consciência humana seria uma mera superfície, tendendo a encobrir, ao conferir causalidade a seus atos e ao próprio mundo, a irracionalidade inerente à vontade. Sendo deste modo compreendida, ela constitui, igualmente, a causa de todo sofrimento, uma vez que lança os entes em uma cadeia perpétua de aspirações sem fim, o que provoca a dor de permanecer algo que jamais consegue completar-se. Segundo tal concepção pessimista, o prazer consiste apenas na supressão momentânea da dor; esta é a única e verdadeira realidade."


É esse romantismo que me destrói. É esse romantismo que me deixa presa à você. É isso que me deixa cada dia mais apaixonada. Mas vou ser egoísta agora. Vou alí me matar um pouco. Mas eu volto.




domingo, 16 de setembro de 2007

Vadinho...

Não, não é raiva. É uma mistura de frustração e vergonha. Vergonha de ter tentado fazer alguma coisa que a pudesse animar enquanto ela, me apressava pra ir embora para chegada da outra pessoa. Vergonha por ter feito uma surpresa e só ter ouvido "não te chamei pra vir, você veio pra pressionar, de intrometida que é." Vergonha pelo gritos, pela fala falta de carinho... Frustração por não - pelo menos com essa atual auto-estima - poder "competir" com outra pessoa. Frustração por eu não fazer o bem que outra pessoa faz. Frustação porque outra pessoa conseguiu.


E quando pensa em aprontar, filha da puta vai e apronta antes...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Onde?

Tudo isso é porque o ser humano não está preparado pra perder. E quando perde, logo dá um jeito de encontrar novamente. Mas quando não encontra, ou não pode mais encontrar (mesmo desejando muito), vem o luto. Esse sim é o grande filho da puta.

Um buraco foi aberto mas na fissura só passa ar. E esse ar preenche todo o vazio e faz voar pra longe, bem longe. Prum lugar onde coisas sem sentido como essa sejam permitidas.



"Torture me with all I've wanted..."