segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Falando sozinha...

Não te dizer tudo o que penso. Não te dizer que, na verdade, acho que você procura em outros beijos, outros corpos, outros toques, algo parecido comigo. Não te dizer o quanto você é insegura. Não te dizer que ter medo de ceder às tentativas (iguais as minhas) de conquista de outra pessoa, é mais infantil do que dizer que sente saudade ou o que você chama de arroubos sentimentais. Não te dizer que, tudo que você diz procurar, eu te ofereci... e você, da forma mais desaforada, cruel e insensível desprezou. Não te dizer que você tem medo de ser amada. Não te dizer que isso poderia ser uma possibilidade pra mim. Não te dizer que você me magoou demais. Não te dizer que você não consegue sentir orgulho das minhas conquistas porque, talvez, você não dê conta de admitir que eu pude mudar e você continua a mesma. Não te dizer que às vezes (ou sempre?) eu penso que você se satisfaz me tendo em suas mãos. Não te dizer que me sinto cada vez mais fraca, fraca, fraca. Não te dizer que não sei mais se consigo. Não te dizer nada disso talvez signifique que eu não queira.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

É agora...

Eu, que sempre fui criticada por pensar, me preocupar, às vezes até planejar o futuro, comecei a pensar em finitude e coisas do tipo. O amanhã está muito fora do meu alcance pra perder tantas horas, tantas noites de sono, pensando, pensando, pensando. Não sei sequer se estarei viva daqui há algumas horas. Então, como ouso a pensar na minha volta ao Brasil em junho? Como ouso a pensar em ter alguma coisa concreta e verdadeira com a Amanda? Como ouso em acreditar? Isso não pode estar certo.
E não me permito mais isso. Não me deixo mais levar por conversa mole, por desculpas esfarrapadas, por palavras disfarçadamente doces. Não me permito mais a sempre ceder briga após briga, ofensa após ofensa, humilhação após humilhação.
E eu podia, como de costume, dizer que isso tudo está doendo demais. Mas não. Porque me disseram que sentir dor e saudade é coisa de adolescente de 12 anos. Eu acreditei. Não sinto nada disso.